Foi a primeira vez que testemunhei a morte de um ente querido. Ele foi meu primeiro cachorro da minha vida adulta e já estava comigo quando minha filha nasceu.
Ele ficou mal no final de semana, se recuperou na segunda-feira, chegou a caminhar mesmo com dificuldade.
Na terça veio até onde eu estava e se deitou na sua cama. Para sair eu tive que ajudar.
Na quarta ele não saiu da cama, levamos para a clínica e passou a tarde no soro. Voltou para casa e morreu pouco depois das 21h. Ficou todo o tempo em sua caminha, na sala da TV.
Ficou deitado na sua cama até o outro dia, quando o enterrei. De agora em diante ele estará sempre "lá atrás".
Nas semanas que antecederam sua morte ele havia melhorado subitamente. Conseguiu subir e descer as escadas, duas vezes! (coisa que não havia acontecido este ano).
Tenho certeza que a partida dele foi o melhor, para ele e para mim. De que adiantaria mais algumas semanas de sofrimento?
Isso não alivia em nada a tristeza e a falta que sinto. Muito, muito triste acordar e ver seu prato de comida e o pote de água cheios e a caminha vazia.
Quando criança perdi um cachorro que eu gostava muito, chamado Totó. Estava viajando.
Depois perdi uma cadela, a Fofa, eu já não morava com os meus pais, onde ela morava.
Eu escolhi o Mulder porque ele me lembrava a Fofa, que passou a ser chamada de "Tia Fofa". A princípio eu queria uma fêmea, que ficou com o meu irmão, pois o Mulder era muito mais parecido com a Fofa.
Mulder foi magro sua vida inteira, bem diferente da Fofa.
Ele foi contemporâneo da Mana/Pépa (bem antes da PepaPig), que ficou conosco 9 anos e da Malu, que adotamos já adulta e ficou conosco menos de 3 anos. Ambas morreram sob os cuidados de outras pessoas e fora da nossa casa.
Ele foi contemporâneo da Mana/Pépa (bem antes da PepaPig), que ficou conosco 9 anos e da Malu, que adotamos já adulta e ficou conosco menos de 3 anos. Ambas morreram sob os cuidados de outras pessoas e fora da nossa casa.
Ele teve um sério problema no passado, não conseguia caminhar e foi salvo graças a acumpultura, que hoje eu faço regularmente em função deste sucesso.
Nos seus últimos anos tomava remédio para o coração, diurético e, eventualmente, Viagra.
Fizemos tudo e ele ficou conosco o quanto pode. O final foi muito rápido, eu ainda estava preparando um analgésico quando ele deu seu último suspiro.
Foi uma noite triste e cinzenta.
Alguns dias depois sua ausência já não dói tanto,16 anos de convivência é muito tempo e ele foi nosso companheiro em muitas viagens.
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